A fonte do amor incondicional não é um lugar distante ou um privilégio de alguns; ela reside no âmago do nosso próprio ser, uma nascente que não cessa à espera de ser reconhecida. Através da simples, porém profunda, jornada de voltar-nos para dentro, podemos acessá-la a qualquer momento, bastando sintonizar a frequência do nosso coração.

É no estado de presença plena (aquele momento de quietude interior onde a mente silencia) que verdadeiramente conseguimos nos conectar com quem somos, sem máscaras ou distrações. Nesse espaço sagrado de autoconhecimento, tornamo-nos capazes de sentir e honrar a complexidade que habita em nós: as alegrias, as dores, as sombras e a luz.

Ao permitirmo-nos sentir sem julgamento, ganhamos um poder transformador: o poder da escolha consciente. Identificamos com clareza o que nos serve e merece permanecer (como a gratidão, a compaixão e a paz) e também reconhecemos com gentileza o que deve ser liberado (os medos, as mágoas e os velhos condicionamentos).

Guiados por essa consciência ampliada, a decisão certa flui naturalmente, não como uma batalha, mas como um ato de amor próprio. Com cada peso simbolicamente descartado, o coração se torna mais leve, expandindo-se em espaço e receptividade. E é nessa leveza conquistada que o amor incondicional, que sempre esteve lá, finalmente encontra a abertura para inundar cada partícula do nosso ser, tornando-se não apenas uma visita, mas a própria essência que nos governa.

Por: Aline Kis, @acurandeiradafloresta